quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Voltar é preciso

Fala galera, quanto tempo sem mexer nisto aqui e muitas coisas aconteceram neste tempo, muitas mesmo. Na universidade, no meu grupo de evangelismo, em casa, na minha vida sentimental (humm), conheci tanta gente nova, enfim, esse ano de 2010 foi uma benção para mim.

Vou contar primeirante sobre minha vida acadêmica. Estou findando o 3º período de Comunicação Social e tanta coisa mudou desde quando entrei na academia. No primeiro período, tudo é muito novo e festa. Há um choque de realidades, são vários universos apresentados e queremos mudar o mundo. Não é que esse desejo acabe, só não encontramos mais forças como antes porque as coisas vão rolando, estão levando outros cursos. Discursos e atitudes que você aplaudia, hoje você observa com mais cautela na hora de ouvir. Pronto, é como se no discurso é uma coisa e na prática é totalmente diferente.



E nem entrei em detalhes sobre o curso em si, que apresenta suas diversas realidades e incoerências tudo por conta do mercado, do sistema vigente, mas isso é tema pra outro papo. Refleti e até hoje reflito nos rumos que a universidade pública no país passa, é preciso uma reforma no ensino embora não seja interessante aos governistas. Enfim, ainda é preciso lutar para querer de fato que a mudança aconteça e que Deus me dê forças para continuar, porque está muito difícil.

Dauryda Luana Torres

Gospel: é ler pra crer

Por Joêzer Mendonça

Nos últimos anos, o gospel deixou de ser um estilo musical de origem norteamericana e agora é um catalisador das novas atitudes e posturas evangélicas. O cantor gospel tem se tornado não apenas o intérprete musical da mensagem evangélica, mas também passou a ser considerado um multiplicador financeiro de adereços, acessórios, roupas, eventos. O repertório gospel interage intensamente com os estilos de maior sucesso do repertório pop.

Para entender o gospel, não basta passar o dia ouvindo gospel ou lendo as entrevistas dos artistas do gospel. Não importa se tempo é dinheiro. Gastei ambos em bibliotecas e livrarias. Além disso, todo pesquisador iniciante acha que está inventando a roda. Foi assim que descobri outros e melhores estudiosos descrevendo o cenário gospel com a ajuda da sociologia da cultura e do estudo das mídias.

Vivemos numa sociedade extremamente afeita ao uso das mídias coletivas (de massa). Mas é uma sociedade em que as pessoas valorizam sua identidade individual. Enquanto as igrejas atravessam uma crise de hierarquia, o fiel tem nas mãos um cardápio self-service de dogmas e interpretações (e músicas) que satisfaz sua autonomia e suas novas demandas de consumo evangélico.



As atividades de mercado e o crescimento midiático das igrejas chamadas neopentecostais são o veículo de promoção tanto do evangelho quanto da carreira de artistas. Comércio e consumo não são pecados, ora, pois. Então qual é o problema? No meu trabalho, aponto algumas sugestões de reflexões:

- Quando um artista cristão, autodenominado levita, faz publicidade de marcas de roupas e adereços, isso não seria uma problemática utilização da aura de sagrado do artista para comercializar objetos de consumo?

- Os megaeventos em logradouros públicos, com grande aparato tecnológico e presença de ‘levitas", têm cunho evangelístico ou se prestam mais para dar visibilidade ao carisma de líderes e artistas evangélicos?

- Alguns cantores de funk gospel trocaram de letra, mas não deixaram o "batidão". Isso significa uma sacralização do estilo musical ou uma secularização do tema religioso?

- Os ministérios de louvor estão atraindo pessoas e levando milhares a cantar. A repetição ad infinitum de poucos versos, as letras "apaixonadas por Jesus" e o gigantismo dos shows são um padrão que reflete exatamente a teologia neopentecostal?

- O hip hop conseguiu permanecer como uma música de protesto dentro da indústria fonográfica gospel?

- A balada gospel é, como seus organizadores dizem, uma oferta de diversão e salvação?

Quando alguém escreve textos indicando falhas e pontos críticos na indústria gospel, muitos se apressam em dizer que o autor é um pecador impenitente e invejoso que só sabe julgar os outros. Por isso, como criticar as ações de um mercado se só as intenções do coração é que contam? Complicado. Mas pesquisei assim mesmo, até porque meu trabalho não é de avaliar a sinceridade da fé, mas as atividades e comportamentos que movimentam o gospel no Brasil.

Minha dissertação está disponível no site do Instituto de Artes da UNESP. O título ("O gospel é pop: música e religião na cultura pós-moderna") promete, mas não tenho respostas prontas e definitivas. De minha parte, espero ao menos ter feito as perguntas certas.

Joêzer Mendonça fez sua pesquisa de mestrado na Unesp.
FONTE: Cristianismo Criativo

domingo, 9 de maio de 2010

O que eu estou fazendo aqui?

Primeira postagem neste tão aguardado blog (isso fica por minha conta, rs)
e pensei... o que falar?

Eu não sou e nunca fui metida a escrever coisas lindas que meus amigos escrevem em seus blogs, tive que fazer um por conta da profissão, uma coisa que nem imaginei fazer, mas cá estou.

Quero compartilhar um pouco dos meus pensamentos inqueitos e meio insanos. Ah, os normais também.

Bjos a todos.